Gripe A (Suína) Influenza H1N1

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Em meados de Abril, casos da infecção viral com a gripe A, proveniente de uma nova cepa H1N1, começaram a ser registrados no México e no Sul da Califórnia. Aproximadamente, na terceira semana do mesmo mês se descobre a real origem desta enfermidade. Resultado de uma recombinação tripla de genes humanos, de aves e de suínos. Esta nova cepa é descendente da terrível “Gripe Espanhola”, que no século passado (1918-1957-1968) matou mais de 52 milhões de pessoas no mundo.
A transmissão do vírus acontece pelo contacto com as secreções de pacientes infectados. No ambiente o vírus encontra-se suspenso no ar ou se deposita no solo, móveis entre outros. Devido a tais constantes, há necessidade do uso de máscaras de proteção e o frequente lavado das mãos, assim como a esterilização de ambientes nos quais se encontrem pacientes infectados.
O Vírus da gripe A tem um tempo de incubação de 24-48 horas e possuí fácil transmissão interpessoal, com isso a OMS (Organização Mundial da Saúde) já o classifica com alerta de nível 4 (escala de zero a seis), justificando a preocupação de uma futura pandemia.
Para que seja efetuado o diagnóstico confirmatório dos casos, se necessita a análise imunológica da Reação em Cadeia da Polimerasa (PCR). Aparte do diagnóstico clínico que na maioria dos casos se manifesta com febre, tosse seca, letargia e falta de apetite. Há também alguns casos com coriza, dor de garganta, diarréia e náusea.
No dia 24 de abril deste ano, no México, ocorreram as primeiras mortes causadas pela gripe A (H1N1). Segundo a OMS, hoje já se contabilizam mais de 260 mortes e cerca de 60 mil pessoas infectadas no mundo pela mesma. Na América do Sul, os dois primeiros óbitos foram registrados no Chile e esta enfermidade segue se dispersando rapidamente em todos os países do nosso continente, tendo uma maior incidência nos nossos vizinhos Argentina e Chile.
No Brasil existem aproximadamente 630 casos confirmados de gripe A (H1N1), tendo uma maior prevalência no estado de São Paulo. Além disso, já foi registrada a primeira morte no Brasil a causa da nova gripe. Ocorreu no estado do Rio Grande do Sul, no domingo dia 28 de junho. Contudo, o índice de letalidade do novo “Vírus H1N1” é considerado baixo, entre 0,5-0,4%, demonstrando que o estado imunológico dos pacientes pré-infecção é muito importante para enfrentá-la posteriormente.O Ministério da Saúde tem um Plano de Contingência para combater a essa Pandemia. Este pretende produzir uma vacina preventiva, controlar as fronteiras, aumentar os estoques de antivirais e alentar as redes assistenciais. O tratamento apresenta bons resultados com os medicamentos Tamiflu e Relenza quando administrados em até 48 horas depois dos primeiros sintomas, porém devido à preocupação de seleção de cepas multiresistentes o governo federal restringiu o uso do Tamiflu. Orientando o uso do mesmo somente em casos especiais.

1 Comentário:

Anônimo disse...

bem explicado! Gostei do blog, vou visitar mais vezes...

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